Origem
A cultivar Araponga MG1 é derivada da hibridação artificial entre a cultivar Catuaí Amarelo IAC 86 e a seleção de Híbrido de Timor UFV 446-08, realizada pela equipe da EPAMIG/UFV, no campus da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, Minas Gerais. Após a hibridação, foi adotado o método genealógico de melhoramento de plantas. A primeira geração F1 foi obtida e conduzida no campus da UFV, em Viçosa, MG, sob a designação de H 516. A planta H 516-2 foi selecionada e as suas progênies F 2, 3 e 4, que foram testadas na Fazenda Experimental da EPAMIG, em São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais. Foi selecionada a planta H 516-2-1-1-18 e a sua progênie, em geração F, foi testada em ensaios de competição na Fazenda 5 Itatiaia, no município de Araponga, MG, e na Fazenda Experimental da EPAMIG, no município de Machado, MG. Esta mesma geração foi cultivada em campo de multiplicação e seleção na Fazenda Experimental de São Sebastião do Paraíso, de onde foram selecionadas 25 plantas, que deram origem a cultivar Araponga MG1, em geração F . O nome Araponga foi dado em referência ao município no qual foi realizada parte do processo de melhoramento dessa cultivar.
Características
Ensaios de comportamento realizados nos municípios de Araponga e Machado, em Minas Gerais, mostraram que a 'Araponga MG1' possui produtividade, altura e diâmetro de copa ligeiramente superiores ao da cultivar Catuaí Vermelho IAC 44. Essa cultivar destaca-se pelo alto vigor vegetativo, boa arquitetura das plantas, alta produtividade e resistência à ferrugem, proporcionando redução no custo de produção e menor impacto ao meio ambiente, por permitir menor utilização de defensivos agrícolas no manejo da cultura. A qualidade de bebida é idêntica à das cultivares comerciais de Catuaí e Mundo Novo, conforme testes realizados durante o processo de seleção da cultivar
Recomendações de plantio
Essa cultivar é indicada para as regiões cafeeiras do estado de Minas Gerais e de outros estados do Brasil, aptas para o cultivo da espécie Coffea arabica. Considerando o porte baixo, pode ser recomendada para plantios com espaçamento de 2 a 3,5m entre fileiras e de 0,5 a 1m entre plantas na fileira. Representa também uma opção para a produção de café orgânico, em razão de ser resistente à ferrugem alaranjada do cafeeiro, que constitui a principal doença da cultura. Seu porte baixo facilita a colheita manual e mecânica dos cafeeiros, além de possibilitar maior densidade de plantio.
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 Ficha Técnica  | 
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 Porte (altura da planta)  | 
 Baixo  | 
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 Formato da copa  | 
 Cônico  | 
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 Diâmetro da copa  | 
 Médio  | 
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 Comprimento do internódio  | 
 Curto  | 
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 Ramificação secundária  | 
 Abundante  | 
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 Cor das folhas jovens (brotos)  | 
 Verde  | 
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 Tamanho da folha  | 
 Médio  | 
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 Cor do fruto maduro  | 
 Vermelha  | 
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 Formato do fruto  | 
 Oblongo  | 
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 Tamanho da semente  | 
 Médio  | 
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 Formato da semente  | 
 Curto e largo  | 
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 Ciclo de maturação  | 
 Médio  | 
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 Ondulação da borda da folha  | 
 Pouco ondulada  | 
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 Resistência à ferrugem  | 
 Altamente resistente (imune)  | 
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 Resistência a nematóide  | 
 Suscetível  | 
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 Vigor  | 
 Alto  | 
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 Qualidade da bebida  | 
 Boa  | 
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 Produtividade  | 
 Alta  | 
