Embalagens tradicionais de café de sacarias de juta de 60 kg estão sendo substituídas por big bags com capacidade de uma tonelada ou mais

Ter, 26 de Janeiro de 2016 15:13
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O Relatório Internacional de Tendências do Café do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, de janeiro de 2016, destaca que a sacaria de juta está sendo substituída por big bags de polipropileno

As tradicionais sacarias feitas à base de juta, que comportam 60 kg de café, utilizadas no transporte, armazenamento e exportação do produto pelo nosso País, estão sendo substituídas paulatinamente por big bags de polipropileno com capacidade de 1 tonelada e, também, por contêineres revestidos internamente com polietileno, cuja capacidade é de até 21,6 toneladas. Esse é um dos destaques do Relatório Internacional de Tendências do Café (Vol.4 nº 11, de Jan/16), do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, da Universidade Federal de Lavras – UFLA, uma das dez instituições fundadoras do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café.

Segundo o Relatório, a previsão é que mais da metade das exportações brasileiras de 2016 serão feitas nessas duas modalidades de embalagem do café. Com os big bags e o embarque a granel em contêineres, há uma redução expressiva no custo da logística de exportação e de mão de obra, além de permitirem rapidez no carregamento e descarregamento dos grãos com a preservação da qualidade do café.

Cápsulas - Outro destaque do Bureau, que já foi divulgado no seu Relatório de dezembro de 2015, é que as cápsulas estão em fase de ascensão e são cada vez mais consumidas pelos brasileiros, o que tem levado empresas a instalarem fábricas desse produto no País. De 2013 a 2014, esse Relatório de dezembro destaca que o volume de vendas de café em cápsulas no País cresceu 52,4%. Atualmente são mais de 70 empresas atuantes nesse segmento com seus próprios produtos, frente a oito companhias que atuavam até 2014.

Com relação ainda ao consumo crescente de cápsulas de café verificado no Brasil, o Relatório aponta que pequenas e médias empresas têm percebido nos jovens um público-alvo de grande consumidor, devido ao aumento de renda e melhor nível de escolaridade. Além disso, a relação entre as marcas e esses consumidores é facilitada por meio das mídias sociais, e-commerce e outras tecnologias, que também têm contribuído para o aumento das vendas. Dessa forma, o sucesso na comercialização de cápsulas no Brasil promete crescimento ainda maior nos próximos anos, com redução de custos e praticidade em todo o processo de venda e consumo.

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Café – ABIC mencionados no Relatório do Bureau, espera-se que as receitas desse segmento no País aumentem de R$ 1 bilhão, em 2014, para R$ 3 bilhões, até 2019. Acresce-se a essa informação que o valor agregado nas vendas atrai as torrefadoras e pequenas empresas, pois a receita obtida com as cápsulas atinge um valor em média até 30 vezes maior que os ganhos com o torrado e moído no varejo.

O Bureau estrutura suas análises em quatro grandes itens no Relatório: Produção, Indústria, Cafeterias e Insights. Em relação especificamente à produção, destaca e analisa o estado da arte dos principais países produtores da América Central, América do Sul, África e Ásia. E quanto à indústria, além de apontar que as monodoses e as cápsulas estão em fase de expressivo crescimento no Brasil, destaca também as grandes empresas que atuam nos outros continentes e suas principais estratégias de promoção e marketing. Estudos similares são feitos com as principais cafeterias e multinacionais que atuam no mundo cafeeiro nessas regiões. E os insights fazem um breve resumo/sumário dessas análises destacando os principais pontos desse Relatório que valem a pena serem conferidos.

Relatório Internacional de Tendências do Café – Faz parte do projeto "Criação e Difusão de Inteligência Competitiva para Cafeicultura Brasileira", executado no âmbito do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, com financiamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira – Funcafé, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa. Tem como objetivo monitorar, analisar e difundir informações e indicadores relevantes para a competitividade da cafeicultura brasileira, bem como propor soluções estratégicas para os problemas enfrentados pelo setor.

O Observatório do Café – Divulga sistematicamente, além do Relatório Internacional de Tendências do Café, do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, publicações das instituições integrantes e parceiras do Consórcio Pesquisa Café contendo dados, análises e informações sobre: levantamentos de safra de café, da Conab; Informe Estatístico do Café  e Valor Bruto da Produção, do Mapa; Relatórios sobre o mercado de café, da Organização Internacional do Café – OIC; Resumos das exportações brasileiras de café, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – CeCafé; portfólio de tecnologias desenvolvidas pelo Consórciopublicações sobre tecnologias; Revista Coffee Science; dados completos sobre Safras e Estoques; pesquisa sobre Consumo e TendênciasEstatísticas, Cotações e AnálisesClipping mensal de notícias veiculadas na mídiaImagensVídeos e ÁudiosRede Social do CaféRelatórios de Atividades da Embrapa Café e do Funcafé; e Sistema Brasileiro de Informação do Café – SBICafé, entre outros.

Para saber mais sobre o Consórcio Pesquisa Café, a Embrapa Café, o Bureau de Inteligência Competitiva do Café, o Relatório Internacional de Tendências Competitivas do Café e o Observatório do Café, acesse:

http://www.consorciopesquisacafe.com.br/

https://www.embrapa.br/cafe

http://www.icafebr.com.br/

http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/imprensa/noticias/423-dados-mundiais

http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/consorcio/separador2/observatorio-do-cafe  

 

Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café

Texto: Flávia Bessa - MTb 4469/DF e Lucas Tadeu Ferreira – MTb 3032/DF

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