POTENCIAL DOS FUNGICIDAS DO GRUPO DOS DITIOCARBIMATOS NO CONTROLE DA FERRUGEM DO CAFEEIRO.

Lucas F. Silva, LAERCIO ZAMBOLIM, Antonio E. C. Vidigal, Mayura M. M. Rubinger

Resumo


 

RESUMO: A ferrugem-do-cafeeiro causada por Hemileia vastatrix Berk. & Br. é uma doença altamente destrutiva e de difícil controle. Como as variedades cultivadas são suscetíveis, há a necessidade de se encontrar moléculas químicas eficientes, para a redução dos danos causados por essa doença. A prioridade é encontrar principalmente moléculas que atuam como fungicidas protetores ou residuais, visando não só o manejo eficiente das doenças, mas também na prevenção do surgimento de mutantes resistentes, na população do patógeno. Diante desses fatos esse trabalho têve por objetivo, avaliar o comportamento de moléculas do grupo ditiocarbimato no controle da ferrugem-do-cafeeiro. As moléculas 1A, 2A, 1B e 2B (“1” = 4-clorofenila, “2” = grupo metila); (“A” = cátion tetrafenilfôsfônio, “B” = cátion tetrabutilamônio), representantes dos ditiocarbimatos foram sintetizadas e submetidas a testes de sensibilidade para obtenção da concentração inibitória de 90% da germinação dos uredosporos (IC90). Os valores de IC90 similares obtidos pela análise de regressão logística entre os ditiocarbimatos e o controle positivo mancozebe, possibilitaram o desdobramento para realização de experimentos em casa-de-vegetação. Os componentes epidemiológicos sob condições controladas foram estimados e as médias submetidas ao teste de Scott-Knott (p ≤ 0,05). Não houve diferença significativa para as variáveis respostas número de lesão/cm², AACPD (área abaixo da curva de progresso da doença) e produção de esporos nas pústulas entre os compostos 1A, 2A, 1B e o controle padrão mancozeb. A molécula 2A e mancozebe apresentaram desempenho similar não havendo diferença significativa para as variáveis número de pústulas/cm², AACPD e eficiência de controle. Conclui-se que, dentro do grupo do ditiocarbimato, há moléculas com eficiência de controle similar ao produto padrão (mancozebe), para a ferrugem-do-cafeeiro. As moléculas 1A, 2A e 1B foram mais eficientes para o controle da doença.

 


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