INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE ELEMENTOS TERRA RARAS NO TEOR DE CLOROFILA E TROCAS GASOSAS DE CAFÉ

Paula Tristão Santini, Miguel Funchal, Juliana Coimbra Araújo, Luiz Gustavo Rosa Freire, José Marcos Angélico Mendonça, Luiz Roberto Guimarães Guilherme

Resumo


Os estudos com ETRs são ainda muito incipientes no Brasil, particularmente em sistemas agrícolas. De maneira geral, o estudo da presença de ETRs em plantas ainda é pouco conhecido. Os aumentos de produção ocasionados pela aplicação de ETRs são relacionados ao aumento da taxa fotossintética das plantas. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar o teor de clorofila e fotossíntese de folhas do cafeeiro (Coffea arábica L.) após aplicação foliar de diferentes doses de ETRs. O ensaio foi implantado em janeiro de 2017, na área experimental do Setor de Cafeicultura do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais- Campus Muzambinho, com cafeeiro da cultivar Catuaí vermelho 144, sendo adotado um espaçamento de 3,8 m (entre linhas) x 1 m (entre plantas), correspondente a um estande de 2632 plantas ha-1, com 19 anos de plantio. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com sete tratamentos e quatro repetições, totalizando 28 parcelas experimentais. Cada parcela foi constituída por 10 plantas, sendo utilizadas 6 plantas centrais nas avaliações. Os tratamentos consistiram da aplicação de um mix de elementos terras raras contendo 23,95% de nitrato de lantânio, 41,38% de nitrato de cério, 4,32% de nitrato de praseodímio e 13,58% de nitrato de neodímio. Em todos tratamentos foi aplicado 0,1% de um adjuvante espalhante adesivo não iônico siliconado para melhor absorção e penetração do mix via foliar. As doses (kg ha-1) aplicadas foram: 0 (controle), 0,1, 0,3, 0,6, 1,2, 2,4 e 4,8. A pulverização foi feita com um atomizador costal motorizado, nos meses de janeiro e março de 2017 e 2018. Foram analisados o teor de clorofila, fotossíntese. De acordo com os resultados obtidos, os ETRs tiveram ação bioestimulante em cafeeiro, porém é dose dependente, onde as menores doses estimulam um melhor desenvolvimento e as maiores resultaram em efeito tóxico. A melhor dose apresentada para maioria teor de clorofila e fotossíntese foi a de 0,6 kg ha-1, que proporcionou maior produção e rendimento de café, sendo a mais indicada para o uso na cafeicultura.  Esses estudos pioneiros com ETRs revelam a necessidade de mais pesquisas para um melhor entendimento dos efeitos do mix de lantânio, neodímio, praseodímio e cério, aplicados via foliar, na cultura do café no Brasil.


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