FENOTIPAGEM E RESISTÊNCIA DE CLONES DE CAFÉ CONILON À FERRUGEM DO CAFEEIRO

Rafael Vago Gonzales, LAERCIO ZAMBOLIM, Dênia P. Almeida, Eveline T. Caixeta, Renato D. S. Rosado, Abraão Carlos Verdim Filho

Resumo


O presente trabalho objetivou avaliar o nível de resistência às raças II e XXXIII de Hemileia vastatrix em 23 dos clones de café conilon mais cultivados atualmente no Espírito Santo. Foi feita inoculação artificial em discos foliares e avaliação dos componentes de resistência i) período de incubação, ii) período latente, iii) % de discos com sintomas, iv) % de discos com esporulação, v) % de área com sintomas e vi) produção de uredósporos. Foi utilizado delineamento inteiramente casualizado, com três repetições por tratamento, cada uma composta por uma caixa gerbox contendo 16 discos foliares. Os dados dos componentes de resistência foram submetidos à análise de variância à 1% de significância. Foi aplicada estatística multivariada aos componentes, sendo obtida a Distância Generalizada de Mahalanobis entre os pares dos clones avaliados e realizada análise de agrupamento utilizando UPGMA. Houveram diferenças significativas entre os clones avaliados para todas as componentes de resistência às raças II e XXXIII de H. vastatrix, formando-se, através da análise multivariada, cinco classes de resistência à raça II: Resistente (Verdão Soró, Triunfo, 143, S2, LB1, Verdim do Triunfo, P2, K61, Timbuí, P1, Ouro Negro, Delunardo, 3V), Moderadamente Resistente (4V, JC, SV105, Verdim, Jhones, NV, Manara, SV103), Moderadamente Suscetível (13V, CV, A1, 12V, 5V, 2B, 7V), Suscetível (Caturra) e Imune (8PP). Para a raça XXXIII também foram formadas 5 classes de resistência: Resistente (Verdim do Triunfo, CV, P1, A1, NV, Manara, SV103), Moderadamente Resistente (143, P2, Jhones, 2B, 5V, S2, 13V, 7V, LB1, K61, SV105, 12V, Verdão Soró, JC, Triunfo, Verdim), Moderadamente Suscetível (6V), Suscetível (Caturra) e Imune (Ouro Negro, Delunardo, Timbuí, 8PP). Existe diversidade no conjunto de clones avaliado para o nível de resistência às raças II e XXXIII de H. vastatrix, sendo que, aqueles classificados como resistentes ou imunes podem ser utilizados em estratégias de manejo da ferrugem do cafeeiro, como no controle genético, além de constituírem potencial fonte de germoplasma em programas de melhoramento buscando resistência à doença.


Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.