CLONES DE CAFÉ CONILON EM SISTEMA DE BASE AGROECOLÓGICA

Waldênia de Melo Moura, Alisson Santos Lopes da Silva, Vanessa Schiavon Lopes, Arley José Fonseca, Tiago Lessa da Costa, Abraão Carlos Verdin Filho, Miguel Arcanjo Soares de Freitas

Resumo


Esse trabalho teve por objetivo avaliar o desempenho de diferentes clones de café conilon em sistema orgânico considerando as principais características de importância agronômica. O experimento foi instalado no Campo Experimental de Leopoldina - MG, da EPAMIG Sudeste, em delineamento experimental de blocos cazualizados com 36 clones de café conilon, oriundos do Incaper, ES e três repetições. Na safra 20018/ 2019, foram avaliadas as seguintes características agronômicas: vigor vegetativo, severidade de ferrugem, severidade de cercosporiose, intensidade de seca de ponteiro, severidade do ataque de bicho-mineiro e produtividade. Os dados foram submetidos a análise de variância e as médias agrupadas pelo teste Scott-Knott, ao nível de 5% de probabilidade. As médias para as severidades de ferrugem e do ataque de bicho mineiro foram relativamente baixas e não houve diferenças entre os clones/ códigos. Quanto a severidade de cercosporiose e a intensidade de seca de ponteiro, a maioria dos clones/ códigos foram classificados com poucos sintomas, embora os sintomas dessas tenham variado de pouco a intensos. Os clones foram classificados em dois grupos quanto ao vigor vegetativo, sendo que 67% apresentou alto vigor. A produtividade foi a característica de maior variabilidade entre os clones o que permitiu classifica-los em três grupos: o de menor produtividade foi constituído pela maioria dos clones, com média de 80,79 scs.ha-1. O grupo intermediário foi composto por oito clones e apresentou média de 132,37 scs.ha-1. Já o grupo mais produtivo foi composto apenas pelos clones 28 e 04 com média de 190,19 scs.ha-1. No sistema orgânico, há variabilidade entre os clones para a maioria das características avaliadas. Com base na safra 2018/2019, os clones/códigos 28, 04, 29, 31, 18, 24, 10, 25, 26 e 33 apresentam potencial para o cultivo orgânico. Por tratar-se de uma cultura perene e com bienalidade de produção é necessário dar continuidade das avaliações para recomendações mais seguras.

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