SELEÇÃO DE PLANTAS MATRIZES EM DEZ PROGÊNIES DE MEIOS-IRMÃOS DE COFFEA CANEPHORA VAR. ROBUSTA DO GRUPO CONGOLÊS SG2, EM MOCOCA, SP
Resumo
Desde 1970, o IAC desenvolve um programa de melhoramento de Coffea canephora var. Robusta. O objetivo do presente trabalho foi selecionar cafeeiros de dez progênies de meios-irmãos de café Robusta do grupo Congolês SG2, com alta produção, resistência à ferrugem, sementes grandes, alta porcentagem de grãos do tipo chato e outras desejáveis características agronômicas e tecnológicas com a finalidade de selecionar clones de Coffea canephora var. Robusta. O experimento consta de dez progênies de meios-irmãos de café Robusta sendo quatro de Robusta IAC 1675 e seis de Robusta IAC 640. Foi estabelecido em Mococa, SP em 1994, utilizando o delineamento de blocos ao acaso, com uma planta por parcela, 16 repetições e espaçamento 4 x 3 m. Os cafeeiros parentais das 10 progênies, haviam sido selecionados previamente em vários experimentos. A produção média de frutos cereja e a de café beneficiado por planta e por ano, no período de três colheitas de plantas individuais foram analisadas. O vigor vegetativo, a maturação e o tamanho dos frutos e a incidência da ferrugem foram visualmente avaliados. As características tecnológicas foram também avaliadas. A produção média de café beneficiado dos 15 cafeeiros selecionados de Robusta IAC 1675 foi de 3,6 kg/ano (3,1 a 4,2) e a dos 15 de Robusta IAC 640 foi de 4,7 kg/ano (3,4 a 6,2). Os cafeeiros selecionados de Robusta IAC 1675 e de Robusta IAC 640 foram vigorosos e apresentaram alta resistência à ferrugem, frutos grandes com maturação média a tardia. As porcentagens de sementes do tipo chato dos 30 cafeeiros selecionados foram elevadas e variavam de 80,0 a 93,1%. As porcentagens de sementes do tipo moca foram relativamente baixas e variaram de 6,9 a 20% e as do tipo concha foram muitos baixas (0,0 a 3,5%). A massa de 100 grãos do tipo chato nos 30 cafeeiros selecionados variou de 13,1 a 22,9 g e a peneira média de 16,0 a 19,7. Os resultados obtidos demonstram a possibilidade de selecionar plantas matrizes de café Robusta do grupo Congolês SG2, com alta produção, elevada porcentagem de grãos do tipo chato e alta peneira média. Os dados obtidos são importantes no programa de melhoramento de C. canephora junto ao IAC objetivando principalmente a seleção clonal.
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