FERRUGEM DO CAFEEIRO EM QUATRO REGIÕES DO ESTADO DE SÃO PAULO NA SAFRA 2018-20191

Flávia Rodrigues Alves Patricio, Angélica Prela Pântano, Gabriel Aguiar da Fonseca, Rodrigo Squilacce, Elza Jacqueline Leite Meireles

Resumo


A ferrugem, causada pelo fungo Hemileia vastatrix, é a mais importante doença do cafeeiro no Brasil e em outras regiões cafeicultoras do mundo. Neste estudo a incidência da ferrugem foi avaliada em áreas localizadas nos municípios de Campinas, Caconde, Franca e Mococa, estado de São Paulo, e comparada com as condições climáticas que prevaleceram nessas regiões durante a safra 2018-2019. As cultivares avaliadas foram Mundo Novo, Catuaí e Tupi, sendo que as parcelas permaneceram sem tratamentos químicos durante o estudo. A incidência da ferrugem foi avaliada em 200 folhas por talhão, coletadas no terceiro ou quarto pares de folhas do terço médio das plantas. Os dados meteorológicos diários foram coletados em estações meteorológicas automáticas localizadas em cada localidade, no período de setembro/2018 a junho/2019. As menores incidências de ferrugem foram observadas em Franca, em cultivo a pleno sol, porém a lavoura arborizada apresentou maior incidência da doença durante todo o período amostrado, provavelmente por causa das condições microclimáticas mais favoráveis à doença. As maiores incidências de ferrugem foram observadas na cultivar Mundo Novo, cultivada a pleno sol, em Caconde, SP, e estão relacionadas ao regime regular de chuvas e a temperaturas favoráveis e menor frequência de temperaturas desfavoráveis nesta localidade. A epidemia de ferrugem permaneceu moderada em Campinas, mas apresentou crescimento exponencial em maio e junho de 2019, porque nos meses iniciais do ano as temperaturas máximas foram elevadas, sendo seguidos por meses com temperaturas mais amenas máximas e o regime de chuvas mais regular. A epidemia de ferrugem permaneceu moderada em Mococa, até abril de 2019, quando se observou um crescimento exponencial da doença, porque nesta região as temperaturas foram muito elevadas em janeiro e fevereiro de 2019, mas se tornaram mais favoráveis á doença nos meses subsequentes. No mesmo local a doença foi detectada em incidências muito baixas na cultivar resistente Tupi.

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