RESISTÊNCIA DE GENÓTIPOS DE Coffea arabica A Meloidogyne spp.1

Resumo

Acessos silvestres da Etiópia e de progênies em geração F₂, derivadas de cruzamento entre acessos etíopes e cultivares comerciais de Coffea arabica foram avaliadas em relação à resistência a Meloidogyne spp., visando ao avanço de gerações para a obtenção de novas cultivares com boas características agronômicas e resistência múltipla aos nematoides das galhas. Para tanto, foram avaliados quatro progênies F₂ obtidas a partir da autofecundação dos acessos IAC 2211-2, IAC 2211-4A, IAC 2211-4B e IAC 2139-4; duas progênies de meios irmãos em geração F₂ dos híbridos H 20397-1 e H 20398-1, ambos derivados de cruzamento entre acessos da Etiópia e a cultivar IAC 125 RN, resistente a M. exigua e à ferrugem (Hemileia vastatrix) e uma progênie de meios irmãos em geração F₂ do híbrido H 20389-1 derivado de cruzamento entre o Sarchimor IAC 4933 resistente à ferrugem e o acesso IAC 2211-6. As cultivares IAC 125 RN e IAC Catuaí SH3 foram utilizadas respectivamente como controles resistentes à ferrugem e a M. exigua. Como controle suscetível foi usada a cultivar Mundo Novo IAC 515-20. Mudas com três pares de folhas foram inoculadas com 2.000 ovos+J2/planta de cada espécie de Meloidogyne (M. paranaensis, M. incognita e M. exigua) e avaliadas aos 180 dias após inoculação. Os níveis de resistência das plantas foram avaliados com base no índice de dano (ID), fator de reprodução (FR) e redução do fator de reprodução (RFR). Os acessos etíopes e as populações F₂ testadas segregaram para a resistência a M. paranaensis e M. incognita, porém, apresentaram bom desempenho quanto à resistência a M. exigua. A cultivar IAC 125 RN, além de apresentar resistência a M. exigua raças 1 e 2, também mostrou-se resistente a M. incognita raça 1, evidenciando resistência múltipla a estas espécies de nematoides das galhas.