CRESCIMENTO INICIAL DO CAFEEIRO CONILON EM FUNÇÃO DE DIFERENTES TENSÕES DE ÁGUA NO SOLO E DIAS APÓS A INDUÇÃO DE REGIMES HÍDRICOS

Resumo

O estado do Espírito Santo é o maior produtor de café conilon (Coffea canephora) do Brasil, responsável por cerca de 80% da produção nacional. Entretanto, a produtividade por hectare no estado ainda é considerada baixa, com média de 35 sacas por hectare. Alguns pesquisadores, apontam como uma das principais causas para essa baixa produtividade o déficit hídrico. Neste contexto, objetivou-se com a realização do presente estudo avaliar o crescimento inicial do cafeeiro conilon, cultivar Diamante Incaper 8112, em função de diferentes tensões de água no solo e dias após a indução de regimes hídricos, realizando o monitoramento da umidade do solo pela técnica de Reflectometria no Domínio do Tempo (TDR). Para atender aos objetivos propostos, foi instalado um experimento com a cultura do café conilon em casa de vegetação na área experimental do Centro de Ciências Agrárias e Engenharias da Universidade Federal do Espírito Santo, localizada no município de Alegre-ES. O experimento foi conduzido em um esquema de parcelas subdivididas 4x3, sendo nas parcelas o fator tensão de água no solo em 4 níveis (T30= 30, T60= 60, T100= 100 e T200= 200 kPa) e nas subparcelas épocas de avaliação em 3 níveis (EP75= 75, EP105= 105 e EP135= 135 dias), escalonados em função dos dias após a indução dos regimes hídricos, em um delineamento inteiramente casualizado com 3 repetições. As variáveis biométricas avaliadas foram: altura das plantas, diâmetro do caule, número de folhas e área foliar. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que a taxa de crescimento em altura e diâmetro de caule, foram maiores nas menores tensões de água no solo aplicadas (30 e 60 kPa), enquanto, para o número de folhas e área foliar, não houve diferenças significativas no desenvolvimento inicial do cafeeiro em relação as tensões de água aplicadas.