ISOLAMENTO E CONTAGEM DA MICROBIOTA DA CASCA E POLPA DO FRUTO DE CAFÉ (Coffea arabica L.) EM DOIS ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO

Tiago Iglesias Machado, Marcos Vinicius Pereira Barros, Larissa Márcia Anastácio, Vilian Borchardt Bullergahn, Tomás Gomes Reis Veloso, Marliane de Cássia Soares Silva, Maria Catarina Megmuni Kasuya, Aldemar Polonini Moreli, Lucas Louzada Pereira

Resumo


A expressão final da qualidade da bebida do café é o resultado de um conjunto complexo de interações de fatores bióticos e abióticos, entre os quais se destaca a microbiota presente nos frutos durante os vários estádios de maturação. Este trabalho teve como objetivo quantificar e isolar populações microbianas encontradas na superfície da casca   polpa dos frutos durante dois estágios de desenvolvimento maduro e verdoengo. As amostras de frutos de café arábica foram coletadas em no Estado do Espirito Santo Santo em duas propriedades, onde a Propriedade 1 esta localizada a 1005 metros de altitude com Face de sol ao Sul e a Propriedade 2 esta localizada a 1021 metros de altitude com Face de sol ao Sul. Os grãos foram lavados com solução salina e esta foi plaqueada para determinar o número de células viáveis pela técnica de contagem de colônias em placas de Petri. A seguir foi feito o isolamento de microrganismos, a partir de colônias morfologicamente distintas, em cada uma das placas.  Como resultado, as unidades formadoras de colônias (UFC) mostraram que em ambas as propriedades, o número de colônias foi maior nos frutos maduros em comparação aos frutos verdoengo, sendo que, ao contrastar as duas propriedades notamos que a propriedade 1 obteve 24,1 vezes mais UFC no fruto maduro do que no verdoengo e já na propriedade 2 essa relação foi de 88,6 vezes. E na parte interna da polpa do fruto, essa relação foi de 13,8 x maior no fruto maduro do que no verdoengo. Fatores como a maior presença de lignina e polifenois como o tanino e outras e substâncias que inibem o ataque e desenvolvimento de microrganismos corroboram com os dados obtidos. As culturas microbianas isoladas foram cultivadas em meio BDA com glicerol e armazenadas no ultrafrezeer do Laboratório de Associações Micorrízicas da UFV, para futuras análises.   


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