COMPARAÇÃO DA INFESTAÇÃO ISOLADA E CONJUNTA DOS NEMATOIDES Pratylenchus brachyurus, P. jaehni E Meloidogyne incognita EM Coffea arabica CV. CATUAÍ VERMELHO IAC 144 E C. canephora CV.APOATÃ IAC 22581

Resumo

RESUMO: Essa pesquisa teve como objetivos investigar o efeito da infestação conjunta de Meloidogyne incognita com Pratylenchus brachyurus e M. incognita com P. jaehni e os danos provocados nas raízes e no desenvolvimento da parte aérea comparada com o efeito da infestação isolada desses nematoides em Coffea arabica cv. Catuaí Vermelho IAC 144 e em C. canephora cv. Apoatã IAC 2258 enxertado com C. arabica cv. IAC Ouro Verde. Os tratamentos do experimento 1 foram: 1.Testemunha, 2.M. incognita = Mi (População inicial PI=1000 juvenis+ovos), 3. P. brachyurus = Pb (PI=1000 juvenis+adultos),  4. P. jaehni= Pj (PI=1000 juvenis+adultos), 5. Mi (PI= 500 juvenis+ovos) + Pb (Pi=500 juvenis+adultos), 6. Mi (PI=500 juvenis+ovos) + Pj (PI=500 juvenis+adultos). O experimento 1 foi conduzido no Instituto Biológico (IB), em Campinas, SP e o experimento 2, que constitui uma réplica do experimento 1, foi conduzido na ESALQ-USP, em Piracicaba, SP em diferentes condições ambientais, ambas sobre C. arabica cv. Catuaí Vermelho. O experimento 1 foi avaliado aos 124 e 287 dias após a inoculação (DAI) e o experimento 2, aos 126 e 247 DAI. Avaliaram-se a altura, a massa fresca do sistema radicular (MFR), o peso da matéria seca da parte aérea (MSPA), população final (Pf) e fator de reprodução dos nematoides (Fr). No experimento 3 utilizaram-se mudas de cafeeiro C. canephora cv. Apoatã IAC 2258 enxertado com C. arabica cv. IAC Ouro Verde mantido no IB, em Campinas em condições similares ao experimento 1. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com 6 tratamentos e 10 repetições: 1. Testemunha, 2. Mi (PI=2000 juvenis+ovos), 3. Pb (PI=2000 juvenis+adultos),  4. Pj (PI=2000 juvenis+adultos), 5. Mi (PI=1000 juvenis+ovos) + Pb(PI= 1000 juvenis+adultos), 6. Mi (PI = 1000 juvenis+ovos) + Pj (PI = 1000 juvenis+ adultos). Os inóculos utilizados de Pb, Pj e Mi foram isolados de raízes de café oriundos de lavouras das cidades de Dracena, Marília e Garça, SP. O experimento 3 foi avaliado aos 122 e 202 DAI utilizando-se a mesma metodologia do experimento 1. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (P = 5%). Os tratamentos com Mi, Mi+Pb, Mi+Pj e Pj reduziram significativamente a MFR comparado com a testemunha, exceto, no tratamento inoculado com Pb. Observou-se também que a MSPA foi significativamente menor nos tratamentos com Mi+Pj e Mi, comparada com a testemunha, mas estatisticamente igual a do tratamento com Pj. O tratamento com Mi+Pb não se diferenciou da testemunha. Observaram-se raízes com lesões e necroses nos tratamentos Pj e Mi+Pj. Nos tratamentos Mi+Pj e Mi isolado observaram-se um baixo desenvolvimento da parte aérea e coloração mais amarelada. Ambas as espécies M. incognita e P. jaehni foram altamente patogênicas ao cafeeiro arábico cv. Catuaí Vermelho IAC 144, tanto isoladamente como em conjunto. No experimento 3 não houve diferença estatística entre as médias dos tratamentos com relação à altura, MSPA e MFSR. O Fr para Mi foi praticamente nulo, enquanto que para a Pb e Pj as médias do Fr foram de 5,1 e 5,6 nos tratamentos infestados isoladamente; de 2,7 e 7,1 para os tratamentos inoculados em conjunto com Mi, respectivamente. C. canephora cv. Apoatã IAC 2258 comportou-se como altamente resistente a M. incognita e suscetível a P. brachyurus e P. jaehni.