PRODUTIVIDADE MÉDIA DE QUATRO COLHEITAS DE GENÓTIPOS REGISTRADOS E PROMISSORES DE CAFÉ CONILON CULTIVADOS NO ESPÍRITO SANTO

Gleison Oliosi, Fábio Luiz Partelli, André Monzoli Covre, Cleidson Alves da Silva, José Cochicho Ramalho, Henrique Duarte Vieira

Resumo


Objetivou-se avaliar a produtividade média de 43 genótipos de Coffea canephora ao longo de quatro colheitas no Estado do Espírito Santo, Brasil. O experimento está sendo conduzido em uma propriedade particular, em Nova Venécia-ES, onde são avaliados 42 genótipos propagados por estaca e um de semente, sendo estes plantados em maio de 2014, no espaçamento de 3 metros entre linhas por 1 metro entre plantas. Os tratos culturais estão sendo realizados conforme as orientações técnicas para cultura, objetivando o manejo fitossanitário e nutricional da lavoura, sendo toda área irrigada por gotejamento. O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso, com três blocos e 43 tratamentos (genótipos), sendo cada unidade experimental constituída por sete plantas. A colheita foi realizada quando 80% dos frutos se apresentavam na fase de maturação denominada de cereja. A estimativa da produtividade foi realizada fazendo-se a conversão de litros de café maduro para sacas de café beneficiado por hectare, considerando 320 litros de café maduro igual a uma saca beneficiada de 60 kg. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias dos diferentes genótipos foram agrupadas pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade de erro. A produtividade média dos 43 genótipos nas safras de 2016, 2017, 2018 e 2019 apresentou diferença significativa pelo teste de F (p <0,01), indicando a existência de variabilidade genética entre os genótipos avaliados, podendo assim contribuir favoravelmente para programas de melhoramento. Os 43 genótipos avaliados foram agrupados em quatro grupos distintos, com médias de produtividade variando entre 119,36 a 51,62 sacas ha¹ por ano, com uma diferença média anual de 68 sacas de grãos beneficiados. O tratamento propagado por sementes, obteve produtividade média anual de 72,17 sacas (Tabela 1), sendo superior a alguns genótipos, mas inferior a grande maioria, sugerindo que o plantio de mudas propagadas por semente não é recomendado para produção comercial, Quanto à época de colheita de cada genótipo avaliado, a mesma se estendeu por quatro meses, com 23,26% dos genótipos colhidos em abril, 46,51% em maio, 25,58% em junho e 4,65% em julho, demonstrando mais uma vez a variabilidade entre os genótipos avaliados. Os materiais genéticos avaliados se mostram promissores para o programa de melhoramento, visando à seleção de genótipos para compor uma variedade comercial.

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