Receita cambial é 49,5% superior ao recorde anterior de US$ 9,84 bilhões obtido com as exportações da safra 2023-2024
As exportações dos Cafés do Brasil, na safra 2024-2025, atingiram receita cambial recorde de US$ 14,7 bilhões com a venda de 45,58 milhões de sacas de 60kg, as quais foram adquiridas pelos importadores ao preço médio de US$ 323,05. A despeito das exportações terem registrado uma ligeira queda de 3,9% no volume físico, em comparação com as 47,45 milhões de sacas exportadas na safra passada, a receita cambial registrou em expressivo aumento de 49,5% se comparada com os US$ 9,84 bilhões registrados também na safra anterior.
Em relação ao volume total exportado, é importante destacar que os cafés da espécie Coffea arabica totalizaram 34,80 milhões de sacas, representando 76,35% das exportações. Em segundo lugar ficou a espécie Coffea canephora (robusta + conilon), com 6,57 milhões de sacas, correspondendo a 14,41%. Em terceiro lugar, destaca-se o café solúvel, com 4,15 milhões de sacas, representando cerca de 9,12% do total exportado dos Cafés do Brasil. O café brasileiro Torrado & Moído, com 56,86 mil sacas exportadas, compõe a totalidade das exportações da safra 2024-2025.
Antes de prosseguir com esta análise da performance das exportações dos Cafés do Brasil, no ano-cafeeiro 2024-2025, o qual compreende o período de julho a junho, vale ressaltar que os dados objeto desta análise em foco, entre vários outros do mercado internacional do café de interesse do setor, encontram-se disponíveis no Relatório mensal junho 2025, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé cujas edições também estão divulgadas na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. O Cecafé faz parte do Conselho Deliberativo da Política do Café – CDPC, do Ministério da Agricultura e Pecuária – Mapa, consoante a Portaria 811/2025.
Tendo como referência os dados do Relatório do Cecafé, verifica-se que os cinco principais países destinatários das exportações dos Cafés do Brasil, na safra 2024-2025, em ordem decrescente, foram: em primeiro lugar, os Estados Unidos, que importaram o equivalente a 3,31 milhões de sacas de 60kg, representando assim, 17,1% do volume total exportado pelo País no período. A Alemanha ocupa a segunda posição, com 2,39 milhões de sacas (12,3%), seguida pela Itália, em terceiro lugar, com 1,56 milhão de sacas (8,1%).
Na quarta posição, o Japão, com 1,24 milhão de sacas (6,4%). E, por fim, na quinta posição, está a Bélgica, que adquiriu o equivalente a 1,17 milhão de sacas de 60kg, as quais corresponderam a 6% do total das vendas dos cafés brasileiros da safra 2024-2025. Os demais países importadores completaram os 100% das vendas desse tipo de café.
Ainda com base nos dados do Cecafé, é importante ressaltar que, na safra 2024-2025, as exportações de cafés diferenciados – aqueles de alta qualidade ou certificados por práticas sustentáveis – representaram 19,5% do total das vendas. Isso equivale a 8,91 milhões de sacas de 60 kg enviadas para o exterior. Esse volume, vendido a um preço médio de US$ 369,56 por saca, gerou uma receita de US$ 3,29 bilhões, representando 22,4% do total arrecadado com as vendas da safra 2024-2025.
Visite o site do Observatório do Café para ler na íntegra o Relatório mensal junho 2025, do Cecafé, pelo link:
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Texto: Thiago Farah Cavaton – MTb 12941/DF e Lucas Tadeu Ferreira – MTb 3032/DF