SENSIBILIDADE DE RESPOSTAS DE FOTOSSÍNTESE FOLIAR DE CAFEEIROS APÓS O EXPERIMENTO FACE: EXISTE A MEMÓRIA?

Miroslava Rakocevic, Eunice Reis Batista

Resumo


A hipótese deste trabalho foi que as respostas de fotossíntese de folhas de cafeeiros serão maiores em plantas que foram previamente cultivadas sob elevada concentração de CO2 (e[CO2]) do que nestas que sempre foram cultivadas sob a concentração atual de CO2 (a[CO2]), especialmente em condições de irrigação. Para estudar a existência de ‘memória’ positiva de e[CO2], o objetivo do estudo foi determinar variações de curvas de respostas de fotossíntese (A) na luz em folhas de café ao longo de perfil vertical de árvores, após um mês que o enriquecimento de CO2 foi encerrado no experimento FACE. As plantas previamente cultivadas sob e[CO2] apresentaram menor A comparadas com as que sempre foram cultivadas sob a[CO2]. O período transitório de rustificação (aclimatização) às condições de a[CO2] aumentou a sensibilidade das plantas cultivadas previamente sob e[CO2], especialmente estas sob irrigação. Em plantas continuamente cultivadas sob regime hídrico de campo e sob a[CO2], as folhas autossombreadas apresentaram maior resposta de A à concentração de CO2 de 590 μL CO2 L-1 na câmara de medição na época de seca, como possível consequência de um "estado de alerta", para lidar com novos eventos de seca com sucesso. A hipótese de ‘memória’ em plantas previamente estimuladas com e[CO2] foi provada, mas ela induziu diminuição de A, por causa do aparelho fotossintético construído previamente no experimento FACE.


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