RESISTÊNCIA GENÉTICA E TOLERÂNCIA DO CAFEEIRO A H. vastatrix

Manuel de J. D. Perla, LAERCIO ZAMBOLIM, Antônio C. B. de Oliveira, Eveline T. Caixeta, Carlos H. S. Carvalho

Resumo


O emprego de variedades resistentes quando disponíveis constitui a medida mais importante no controle daferrugem do cafeeiro. Esse trabalho, portanto, visa conhecer o nível de resistência de variedades lançadas no Brasil. Os objetivos foram: (i) avaliar a resistência de genótipos do cafeeiro a ferrugem em condições de campo; (ii) quantificar a produção de progênies de cafeeiro portadoras de resistência e compará-las com a cultivar comercial Catuaí; e (iii) avaliar o teor de clorofila nas cultivares resistentes a ferrugem do cafeeiro e verificar se tem influência com a resistência. Os experimentos foram conduzidos em campo, em Varginha (altitude 1.000 m) e em Viçosa (altitude 650 m), no estado de MG. Vinte e oito cultivares lançados como resistentes foram estudadas durante oito anos. Estudou-se também o teor de clorofila a, b, total e carotenoides. Os resultados obtidos mostraram que houve predominância da resistência quantitativa a ferrugem; além disso, encontrou-se variedades, que apresentaram tolerância a ferrugem. De um modo geral, nem todas as variedades mais produtivas foram as que apresentaram menores valores de severidade da ferrugem; aquelas com baixas produtividades, foram as que apresentaram menor severidade. A única variedade das 28 estudadas que foi imune a ferrugem foi Obatã. O desempenho dos genótipos, quanto a resistência à ferrugem e a produtividade, com algumas exceções, diferiram ao longo dos anos, nas duas regiões cafeeiras estudadas. Em relação aos teores de clorofilas e carotenoides, houve grande variação dos valores entre os genótipos, contudo não se obteve correlação com alta ou baixa produtividade e incidência da ferrugem, respectivamente. Em conclusão, diante da rápida perda da resistência qualitativa das variedades de café lançadas ao longo dos anos, recomenda-se em trabalhos de melhoramento genético, buscar nos genótipos de café, a resistência quantitativa e a tolerância a doença pelo fato de ser duradoura e não ser afetada pelo meio ambiente, desde que sejam produtivas.

 

 

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