RESISTÊNCIA PARCIAL DA CULTIVAR IPR 103 E FOSFITO DE COBRE NO CONTROLE INTEGRADO DA FERRUGEM ALARANJADA DO CAFEEIRO
Resumo
Atualmente, as cultivares de café arábica são do tipo linhas puras e são propagadas via sementes. Existe uma perspectiva que no futuro será possível a utilização de cultivares do tipo híbridas propagadas vegetativamente. O objetivo desse estudo foi avaliar a performance inicial de híbridos de café arábica. O experimento em campo foi instalado no IAPAR em Londrina, PR (temperatura média anual = 21,1oC; altitude = 580m), em agosto de 2016, no espaçamento de plantio 2,75m x 0,60m. Foi utilizado o delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições e parcelas de sete plantas. Foram avaliados 22 híbridos e três cultivares do tipo linhas puras (IPR 102, IPR 107 e Catuaí Vermelho IAC-99), as quais foram os padrões comparativos de produtividade. IPR 107 foi o padrão de ciclo de maturação dos frutos precoce e altamente resistente à ferrugem, enquanto que Catuaí Vermelho foi o padrão de ciclo tardio e suscetível à ferrugem. Em abril de 2019, foram avaliadas as variáveis: produtividade (sacas beneficiadas/ha), índice de desenvolvimento vegetativo (IDV), índice de nutrição foliar (INF), ciclo de maturação dos frutos (MAT) e resistência à doença ferrugem alaranjada (Hemileia vastatrix) (FERR). Para o IDV foi utilizada uma escala de notas de 1 a 10, sendo 1 para plantas menos vigorosas e 10 para as mais vigorosas. O INF foi avaliado por meio de uma escala de 1 a 10, onde 1 foram plantas com coloração das folhas amareladas e 10 para plantas com folhas de coloração verde escuras. Para avaliar a MAT foi utilizada uma escala de 1 a 5, onde 1 foram plantas com ciclo de maturação mais tardio e 5 para as mais precoces. Para FERR foi utilizada uma escala de notas de 1 a 5, sendo 1 as plantas mais resistentes e 5 para as mais suscetíveis. Tanto o IDV quanto o INF são variáveis que influem na produtividade do ano seguinte. Para a variável produtividade foi aplicado o teste de médias Tukey a 5%, enquanto que para as outras variáveis foi utilizado o teste Scott-Knott a 5%. IPR 107 foi a mais produtiva das testemunhas utilizadas. Foram identificados seis híbridos que não diferiram de IPR 107 para a produtividade, além de apresentar maior IDV e INF do que essa cultivar. Desses seis, apenas um apresentou MAT precoce, não diferindo de IPR 107, porém foi suscetível à FERR. Três desses melhores híbridos apresentaram resistência à FERR. Atualmente, são escassas as cultivares de ciclo precoce, com alto vigor vegetativo e alta produtividade, porém no nosso estudo foi identificado um híbrido de ciclo precoce com alta produtividade e alto vigor. Os seis melhores híbridos possuem potencial para se tornarem cultivares do tipo híbridas, porém novas avaliações deverão ser efetuadas para confirmar.
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