RESISTÊNCIA PARCIAL DA CULTIVAR IPR 103 E FOSFITO DE COBRE NO CONTROLE INTEGRADO DA FERRUGEM ALARANJADA DO CAFEEIRO

FERNANDO CESAR CARDUCCI, Elder Andreazi Andreazi, Carlos T. M. Pereira, NATHAN APARECIDO NUNES PEREIRA, Angelita G. da Silva, Kawana s. Bortolato, Luciana H. Shigueoka, GUSTAVO HIROSHI SERA

Resumo


Atualmente, as cultivares de café arábica são do tipo linhas puras e são propagadas via sementes. Existe uma perspectiva que no futuro será possível a utilização de cultivares do tipo híbridas propagadas vegetativamente. O objetivo desse estudo foi avaliar a performance inicial de híbridos de café arábica. O experimento em campo foi instalado no IAPAR em Londrina, PR (temperatura média anual = 21,1oC; altitude = 580m), em agosto de 2016, no espaçamento de plantio 2,75m x 0,60m. Foi utilizado o delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições e parcelas de sete plantas. Foram avaliados 22 híbridos e três cultivares do tipo linhas puras (IPR 102, IPR 107 e Catuaí Vermelho IAC-99), as quais foram os padrões comparativos de produtividade. IPR 107 foi o padrão de ciclo de maturação dos frutos precoce e altamente resistente à ferrugem, enquanto que Catuaí Vermelho foi o padrão de ciclo tardio e suscetível à ferrugem. Em abril de 2019, foram avaliadas as variáveis: produtividade (sacas beneficiadas/ha), índice de desenvolvimento vegetativo (IDV), índice de nutrição foliar (INF), ciclo de maturação dos frutos (MAT) e resistência à doença ferrugem alaranjada (Hemileia vastatrix) (FERR). Para o IDV foi utilizada uma escala de notas de 1 a 10, sendo 1 para plantas menos vigorosas e 10 para as mais vigorosas. O INF foi avaliado por meio de uma escala de 1 a 10, onde 1 foram plantas com coloração das folhas amareladas e 10 para plantas com folhas de coloração verde escuras. Para avaliar a MAT foi utilizada uma escala de 1 a 5, onde 1 foram plantas com ciclo de maturação mais tardio e 5 para as mais precoces. Para FERR foi utilizada uma escala de notas de 1 a 5, sendo 1 as plantas mais resistentes e 5 para as mais suscetíveis. Tanto o IDV quanto o INF são variáveis que influem na produtividade do ano seguinte. Para a variável produtividade foi aplicado o teste de médias Tukey a 5%, enquanto que para as outras variáveis foi utilizado o teste Scott-Knott a 5%. IPR 107 foi a mais produtiva das testemunhas utilizadas. Foram identificados seis híbridos que não diferiram de IPR 107 para a produtividade, além de apresentar maior IDV e INF do que essa cultivar. Desses seis, apenas um apresentou MAT precoce, não diferindo de IPR 107, porém foi suscetível à FERR. Três desses melhores híbridos apresentaram resistência à FERR. Atualmente, são escassas as cultivares de ciclo precoce, com alto vigor vegetativo e alta produtividade, porém no nosso estudo foi identificado um híbrido de ciclo precoce com alta produtividade e alto vigor. Os seis melhores híbridos possuem potencial para se tornarem cultivares do tipo híbridas, porém novas avaliações deverão ser efetuadas para confirmar.


Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.