ASPECTOS DA OCORRÊNCIA DOS ESCOLITÍDEOS PRAGA, Hypothenemus hampei E Xylosandrus compactus, EM CAFEEIRO CONILON
Resumo
A cultura cafeeira está presente em mais de 56 mil das 86 mil propriedades capixabas, sendo de grande importância econômica e social para o estado do Espírito Santo, abrindo oportunidade de trabalhos diretos e indiretos. Com intuito de alcançar altas produtividades, têm-se buscado plantios mais tecnificados, contando principalmente com o desenvolvimento de materiais genéticos superiores e adaptados às condições edafoclimáticas regionais, diferentes regimes hídricos e resistentes a pragas. Ainda assim, o café conilon apresenta alguns problemas fitossanitários, como a broca do café Hypothenemus hampei (Coleoptera: Scolytidae) e a broca da haste, Xylosandrus compactus (Coleoptera: Curculionidae). A broca do café provoca danos quantitativos e qualitativos nas lavouras atacando frutos em todos os estágios de maturação. A broca da haste causa seca dos ramos, retardamento do desenvolvimento dos ramos verdes e redução da capacidade produtiva da planta quando acomete ramos lenhosos. Assim, objetivou-se avaliar a influência do desenvolvimento (fenologia) do conilon, medida em graus-dia (GD), no ataque da broca do café, além da infestação da broca da haste em cafeeiro conilon. O experimento foi realizado em blocos casualizados com quatro repetições. Foi utilizada a variedade Diamante para avaliação da broca-do-café. Cada parcela foi composta por 12 plantas e em cada planta foram avaliados quatro ramos. A primeira florada ocorreu no dia 31/07/2018 e a partir dessa data foi avaliado o número de frutos brocados aos 80, 95, 110 e 125 dias. Para as avaliações da broca da haste, utilizou-se clones das variedades Vitória e de café robusta. É de grande importância a detecção antes do início do ataque da broca tendo maior facilidade de monitoramento (temperatura diária). Sendo assim, aos 1074,65 GD, o produtor já deve iniciar o monitoramento da broca do café e, consequentemente, o controle, caso necessário. Já para a broca da haste, o clone 12V que se mostrou mais suscetível a ocorrência da broca, provavelmente por ser o mais próximo geneticamente das variedades robusta, notadamente mais atacadas pela broca da haste. Os clones da cultivar Vitória se comportam diferentemente a infestação da broca da haste.
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