ASPECTOS DA OCORRÊNCIA DOS ESCOLITÍDEOS PRAGA, Hypothenemus hampei E Xylosandrus compactus, EM CAFEEIRO CONILON

Rafael Ruy Gouvea, Clair Barboza, Alba Nise Merícia Rocha Santos, Lucas Correa Souza, Cesar José Fanton, David Dos Santos Martins, José Salazar Zanuncio Júnior, Maurício José Fornazier, Renan Batista Queiroz

Resumo


A cultura cafeeira está presente em mais de 56 mil das 86 mil propriedades capixabas, sendo de grande importância econômica e social para o estado do Espírito Santo, abrindo oportunidade de trabalhos diretos e indiretos. Com intuito de alcançar altas produtividades, têm-se buscado plantios mais tecnificados, contando principalmente com o desenvolvimento de materiais genéticos superiores e adaptados às condições edafoclimáticas regionais, diferentes regimes hídricos e resistentes a pragas. Ainda assim, o café conilon apresenta alguns problemas fitossanitários, como a broca do café Hypothenemus hampei (Coleoptera: Scolytidae) e a broca da haste, Xylosandrus compactus (Coleoptera: Curculionidae). A broca do café provoca danos quantitativos e qualitativos nas lavouras atacando frutos em todos os estágios de maturação. A broca da haste causa seca dos ramos, retardamento do desenvolvimento dos ramos verdes e redução da capacidade produtiva da planta quando acomete ramos lenhosos. Assim, objetivou-se avaliar a influência do desenvolvimento (fenologia) do conilon, medida em graus-dia (GD), no ataque da broca do café, além da infestação da broca da haste em cafeeiro conilon. O experimento foi realizado em blocos casualizados com quatro repetições. Foi utilizada a variedade Diamante para avaliação da broca-do-café. Cada parcela foi composta por 12 plantas e em cada planta foram avaliados quatro ramos. A primeira florada ocorreu no dia 31/07/2018 e a partir dessa data foi avaliado o número de frutos brocados aos 80, 95, 110 e 125 dias. Para as avaliações da broca da haste, utilizou-se clones das variedades Vitória e de café robusta. É de grande importância a detecção antes do início do ataque da broca tendo maior facilidade de monitoramento (temperatura diária). Sendo assim, aos 1074,65 GD, o produtor já deve iniciar o monitoramento da broca do café e, consequentemente, o controle, caso necessário. Já para a broca da haste, o clone 12V que se mostrou mais suscetível a ocorrência da broca, provavelmente por ser o mais próximo geneticamente das variedades robusta, notadamente mais atacadas pela broca da haste. Os clones da cultivar Vitória se comportam diferentemente a infestação da broca da haste.


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