ANÁLISE SENSORIAL DA BEBIDA DE GENÓTIPOS DE CAFÉ ARÁBICA RESISTENTES À FERRUGEM

Resumo

O Brasil é o maior produtor e exportador de café mundialmente, sendo a cafeicultura de grande importância socioeconômica para o país. Portanto objetivou-se com esse trabalho, avaliar o perfil sensorial de genótipos de Coffea arabica com resistência à ferrugem e identificar aqueles com maior potencial genético para produção de cafés especiais. O experimento foi instalado no município de Patrocínio em Minas Gerais – Brasil, em 2012. O delineamento foi em blocos casualizados, com três repetições, 17 genótipos resistentes a ferrugem e 2 cultivares susceptíveis (Catuaí Vermelho IAC 144 e Topázio MG 1190). A colheita seletiva dos frutos de café foi realizada no mês de maio de 2018. Os grãos cereja foram beneficiados, por via úmida, e os grãos descascados foram imersos em água para a fermentação natural durante 24 horas. Após esse período, a massa de grãos foi lavada em água corrente para retirada da mucilagem e posteriormente submetida à secagem a pleno sol em terreiros suspensos. As amostras permaneceram em repouso por aproximadamente 40 dias, para a estabilização da umidade. Posteriormente, prosseguiu-se com beneficiamento dos grãos e, após essa operação, as amostras foram enviadas para avaliação da qualidade sensorial da bebida por três degustadores, segundo o protocolo da Specialty Coffee Association of America (SCAA). Os dados foram processados estatisticamente pelo aplicativo computacional GENES, no qual gerou-se a análise de variância, agrupamento de médias pelo teste de Scott-Knott e a análise de importância relativa dos atributos sensoriais. Todos os genótipos obtiveram notas superiores a 80, apresentando potencial para a produção de cafés especiais de acordo com a metodologia SCAA. Os genótipos H419-6-2-3-4-10, H419-6-2-5-3-8, H419-6-2-7-3-12, que obtiveram notas superiores a 85, e o H419-6-2-7-3-3 foram os que mais se destacaram por possuírem as maiores notas para todos os atributos.