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Embrapa Café comemora 14 anos

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A Embrapa Café foi criada em 1999 para coordenar o Consórcio Pesquisa Café, que hoje reúne mais de 700 pesquisadores, e já coordenou cerca de mil planos de ações de pesquisa nas mais diversas etapas da cadeia produtiva do café


Ao completar 14 anos em 30 de agosto de 2013, a Embrapa Café, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, mostra a atuação de Unidades de Pesquisa da Empresa, que, em articulação com a Embrapa Café, também contribuem com o desenvolvimento de projetos de pesquisa de café para o cumprimento da missão do Consórcio Pesquisa Café.

O esforço compartilhado de pesquisa, transferência de tecnologia e comunicação entre essas Unidades de Pesquisa da Embrapa e as demais instituições consorciadas tem promovido, nos últimos dezesseis anos, avanços substanciais da cafeicultura no Brasil. Segundo o Informe Estatístico do Café - Dcaf/Mapa - a produção e a produtividade do café, em 1997, quando da criação do Consórcio Pesquisa Café, era de 2,4 milhões de hectares de área cultivada, com produção de 18,9 milhões de sacas de 60kg e produtividade de 8,0 sacas/hectare. Em 2013, de acordo com o levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab (maio/2013), com praticamente a mesma área cultivada – 2,3 milhões de hectares - o País deverá produzir 48, 5 milhões de sacas, com produtividade de 23,8 sacas/ha.

Contribuições das Unidades da Embrapa para a pesquisa do café – Ao comemorar seus 14 anos de gestão do Consórcio Pesquisa Café, a Embrapa Café compartilha os resultados alcançados em conjunto com as Unidades de Pesquisa da Embrapa que trabalham com café em sinergia com as demais entidades integrantes do Consórcio. Assim, reconhecendo a importância dessas pesquisas em prol da cafeicultura nacional, a Embrapa Café destaca, por região geográfica, os principais resultados alcançados por essas Unidades. 

Região Centro-Oeste
Embrapa Café (Brasília-DF): gestão e pesquisa de café - Para coordenar a implementação e execução do Programa de Pesquisa Café do Consórcio e sistematizar e organizar as ações de promoção e execução de atividades de pesquisa e desenvolvimento e inovação (P&D&I) de café no Brasil, foi criada a Embrapa Café. A atuação da Embrapa Café frente ao Programa Pesquisa Café inclui atividades de gestão e realização de pesquisa, transferência de tecnologia, desenvolvimento e inovação orientadas por objetivos estratégicos definidos, de forma a responder aos desafios do desenvolvimento da cafeicultura brasileira e o fortalecimento do Consórcio Pesquisa Café. Até hoje a Embrapa Café já coordenou a execução de mais de mil planos de ação de projetos desenvolvidos pelas consorciadas.

A equipe técnica (gerentes, pesquisadores, analistas e assistentes) da Embrapa Café trabalha em parceria com as instituições consorciadas nos principais estados produtores para promover o desenvolvimento do Programa Pesquisa Café no âmbito de competência das instituições consorciadas. Esse arranjo institucional tem permitido a integração das instituições de pesquisa, ensino e extensão rural para geração e transferência de tecnologias, em consonância com as diretrizes emanadas do Conselho Deliberativo da Política do Café – CDPC, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa.

Embrapa Cerrados (Planaltina-DF): tecnologias expandem café no Cerrado - A primeira delas é a irrigação do cafeeiro com estresse hídrico controlado, tecnologia de manejo de água na agricultura irrigada já validada não só em experimentos como também em fazendas produtivas de várias regiões brasileiras. A pesquisa demonstrou ser possível a aplicação de estresse hídrico (suspensão da irrigação) controlado na estação seca do ano, na época certa e com magnitude adequada, para sincronizar, uniformizar o desenvolvimento dos botões florais e, consequentemente dos frutos, o que garante café de melhor qualidade. A tecnologia garante mais produtividade, qualidade e menor custo. O uso do estresse hídrico controlado para uniformização de florada do cafeeiro e, consequentemente, de maturação, é um processo tecnológico que permite a obtenção de 85% ou mais de frutos cerejas no momento da colheita, maximizando a produção de cafés especiais, de maior valor de mercado. Além disso, garante redução de 20% para 10% de grãos mal formados e de 40% na operação de máquinas.

A irrigação controlada aliada à adubação adequada permitiu retorno financeiro expressivo por hectare, resultado obtido com o emprego da adubação fostatada no café. As pesquisas sobre o comportamento do fósforo no cafeeiro puderam ser intensificadas a partir do desenvolvimento da tecnologia do estresse hídrico controlado.

Outra tecnologia também validada é o cultivo de braquiária nas entrelinhas dos cafeeiros. A braquiária faz a ciclagem de nutrientes, notadamente do fósforo, ajudando na sua disponibilidade para as plantas de café e o controle de plantas invasoras, diminuindo a roçagem e a aplicação de herbicida. Além disso, não prejudica a planta, potencializa a multiplicação de micorriza natural para absorção de fósforo, facilitando a absorção de outros nutrientes e água e aumenta a biomassa, o que melhora a qualidade do solo e fixa carbono da atmosfera.

Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF): projetos multidisciplinares - Em conjunto com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Embrapa Café e Instituto Uniemp, concluiu, em 2004, a primeira etapa do sequenciamento do genoma do café. O projeto gerou o maior banco de dados do mundo sobre genoma café, com mais de 200 mil sequências de DNA - ferramenta poderosa para identificar a função de cada gene. Em 2010, a partir do genoma e em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, pesquisadores identificaram gene em planta de café que confere alta tolerância a seca, não só ao cafeeiro como também estão sendo desenvolvidas pesquisas para outras culturas, como soja, cana e algodão.

Atualmente, estão em desenvolvimento projetos de pesquisa inovadores, como o de variedades de café conilon tolerantes a seca, parte do projeto genoma café. O estudo conta com parceria do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper e do Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Dévelopment - CIRAD/França.

Outra vertente é a pesquisa para melhoria da qualidade, que faz uso dos conhecimentos do genoma em relação ao funcionamento das proteínas e de fatores metabólicos dos genes.

Há também o estudo de café resistente à broca. Foram desenvolvidas plantas de Coffea arabica geneticamente modificadas com proteína que interfere na atividade das enzimas digestivas do inseto, impedindo que ele se alimente do grão, o que confere a resistência à referida praga. As plantas estão em fase de estudos e seu uso poderá trazer vantagens, como a diminuição dos custos de produção e redução da poluição ambiental causada pelo uso de inseticidas.

Pesquisa, também em andamento, investiga controle biológico do nematóide das galhas - uma das piores ameaças à cultura de café que causa perdas expressivas na produção agrícola no mundo - pela bactéria Pasteuria penetrans. Essa bactéria, além de não poluir o ambiente, também não parasita animais, sendo altamente específica ao nematóide das galhas. Os testes feitos com um produto biológico à base da bactéria têm alcançado eficiência de 80% no controle desse nematóide em plantas de cafeeiro altamente infectadas.

Região Norte
Embrapa Acre (Rio Branco-AC), pesquisa que passa pelo café arábica e conilon - Quem pensa que café arábica é produzido somente em lugares de altas altitudes se engana. No Acre, os pesquisadores provaram que é possível obter boa produtividade com a escolha de variedades mais adaptadas à região, como a cultivar Catuaí. Lançada no final da década de 90, a variedade é ainda muito utilizada pelos produtores de café da região em altitude média de 200 metros. Essa cultivar obteve índices bastante positivos de produção: até 50 sacas por hectare em escala experimental, enquanto a média no Acre, em 2002, era de 19 sacas/ha.

Hoje, as pesquisas seguem com o café conilon plantado em Sistemas Agroflorestais (SAF´s). O conilon é a espécie mais plantada pelos produtores devido a sua produtividade e facilidade da colheita, que se inicia no período seco. Em maio, foi colhida a primeira safra de café de experimento que integra bananeiras, açaí e andiroba. A expectativa é gerar indicadores técnicos que possam subsidiar a adoção do consórcio de culturas com o café conilon, alternativa ideal para diversificar a produção da agricultura familiar na Amazônia.

O café conilon também é foco de termo de cooperação entre a Embrapa e o Governo do Acre para incremento da cadeia produtiva do café. Com o objetivo de diversificar a produção de agricultores familiares, a Embrapa entregou 130 quilos de novas sementes de conilon, trazidas da cidade de Ouro Preto D´Oeste, Rondônia. A Embrapa Acre ainda fez a análise de solos das áreas para plantio e o Governo do Estado disponibilizou maquinário e assistência técnica.

Embrapa Amapá (Macapá-AP) estuda a viabilidade da produção de café no estado - O experimento de café com 500 plantas instalado há cerca de 5 anos no Campo do Cerrado, na BR-156, apresenta atributos favoráveis para cultivo nas condições de clima e solo no estado. As plantas, resultantes de materiais fornecidos pela Embrapa Rondônia e pela Embrapa Amazônia Oriental, apresentam ótimo desenvolvimento, com crescimento resistindo às condições adversas de clima e temperatura elevada e a pragas e doenças. Um dos objetivos do trabalho é de ordem econômica, uma vez que o Amapá atualmente depende do fornecimento de café das regiões do Sul e Sudeste. Como os materiais estão se adaptando muito bem às condições da Amazônia, as expectativas são promissoras.

Na Embrapa Amazônia Oriental (Belém-PA), estudos comprovam viabilidade do café conilon na Amazônia - O café conilon foi introduzido em 1975 na região de Medicilândia, município do Oeste do Pará, por migrantes capixabas que tinham tradição de plantio no Espírito Santo da espécie. As pesquisas com o conilon, considerado alternativa viável para a região da Transamazônica, foram feitas no campo experimental da Embrapa localizado no Km 23 da Rodovia Transamazônica (BR-230), em área do município de Altamira (PA).

O experimento transcorreu do ano 2000 até 2005, com tecnologia adaptada do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper, por meio de projeto apoiado pelo Consórcio Pesquisa Café. O enfoque principal da Embrapa foi no manejo da cultura para aumento da produtividade. Também foi feito levantamento de estado nutricional de lavoura de café em propriedade rural. Outra tecnologia foi a adoção da poda e do cultivo adensado, que revolucionaram o cultivo do café na Transamazônica.

A produtividade média em Medicilândia varia de 10 a 18 sacas por hectare do café conilon, porém com alta tecnologia é possível alcançar até 70 sacas por hectare. Esses experimentos demonstram que a cafeicultura também é viável na região da Transamazônica. 

Pesquisas da Embrapa Rondônia (Porto Velho-RO) buscam aumentar produtividade de café - Já estão sendo multiplicadas as mudas da cultivar de café conilon BRS Ouro Preto, a primeira desenvolvida pela Embrapa, sendo resultado de estudo conduzido pela Embrapa Rondônia em parceria com instituições do Consórcio Pesquisa Café. A cultivar, já registrada no Serviço Nacional de Proteção de Cultivares do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa, é recomendada especialmente para Rondônia, segundo produtor de café conilon do Brasil.

A BRS Ouro Preto tem potencial para aumentar a produtividade da cafeicultura em Rondônia, contribuindo para a sustentabilidade econômica e social de mais de 30 mil pequenas propriedades de cafeicultura no estado, e poderá ter sua recomendação estendida para outras regiões da Amazônia. A produtividade média do café em Rondônia é de 11 sacas por hectare, já a da Conilon BRS Ouro Preto é de até 70 sacas/ha.

A previsão é que as mudas estejam disponíveis para venda aos cafeicultores em um prazo de um a dois anos. No site da Embrapa Produtos e Mercado, constam informações sobre os viveiristas que estão multiplicando as mudas. Para saber mais acesse http://snt.sede.embrapa.br/produtos/mostrar_produto/271/. 

Em relação à nova cultivar, a Embrapa Rondônia atua, ainda, em parceria com a ONG Idesam, em Apuí (AM), e a Prefeitura de Porto Velho visando à capacitação de técnicos de extensão rural e implantação de unidades de observação e demonstrativas da BRS Ouro Preto.

Outra pesquisa conduzida pela Embrapa Rondônia visa à produção de café arábica com qualidade no estado. Desde 2005, estão sendo selecionados genótipos de café arábica tolerantes ao calor, com início da colheita entre abril e maio, além de alta qualidade de bebida. O estudo é realizado por meio do Consórcio Pesquisa Café, em parceria com o Instituto Agronômico - IAC e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig.

As atividades de pesquisa com o Consórcio também incluem: melhoramento de café com cruzamentos entre plantas de conilon e robusta visando reunir várias características de interesse em uma mesma planta; estudos de processos de beneficiamento, secagem e armazenamento de Coffea canephora com o intuito de preservar a qualidade de bebida; ensaios de máquinas de colheita semimecanizada de Coffea canephora; diagnóstico do processo de pós-colheita e definição do perfil organoléptico (sabor, aroma) dos cafés produzidos no estado; além de testes de níveis de adubação para cafeeiros clonais.

Embrapa Roraima (Boa Vista-RR) investe em café - No período de 2000 a 2001, a Embrapa Roraima introduziu e avaliou várias cultivares de Coffea arabica desenvolvidas e melhoradas em outras regiões do País para fornecer novas opções de cultivares para a cafeicultura roraimense. Foram avaliados três materiais: Mundo Novo IAC 464-6, Catuaí Amarelo IAC 86 e Catimor UFV 6858. Seguindo recomendações técnicas para plantio e cultivo, o experimento foi conduzido em área no município de Alto Alegre - Roraima, onde foram avaliados parâmetros de crescimento da planta e aspectos fitossanitários. Até a fase de desenvolvimento de seis meses, as variedades Mundo Novo, Catuaí e Catimor apresentaram a mesma altura. E, aos 12 meses, a variedade Mundo Novo apresentou maior altura em relação às demais. Todas as variedades apresentaram boa formação de ramos plagiotrópicos (ramos de produção com crescimento lateral), além de um ótimo aspecto fitossanitário.

Região Sudeste
Embrapa Agrobiologia (Seropédica-RJ): tradição em práticas agroecológicas no RJ - Desde 1997, a Unidade desenvolve pesquisas de cafeicultura orgânica. A partir de 2009 atua nos municípios de Porciúncula, Miracema e Santo Antônio de Pádua, no Noroeste do Rio de Janeiro, por meio de ações de transferência, visitas técnicas, palestras e instalação de Unidades de Observação com adubação verde com apoio técnico e financeiro do Mapa e em parceria com a Emater-RJ, Pesagro, Secretária Municipal de Agricultura de Porciúncula e Sebrae. Em 2010, foram introduzidas na região cultivares de café arábica resistentes à ferrugem com o objetivo de reduzir o uso de agrotóxicos. O experimento está sendo avaliado em áreas de produção familiar comparativamente à cultivar predominantemente plantada na região, a Catuaí Vermelho, que não possui resistência à ferrugem. No final de 2012, novo experimento foi instalado em área de produção orgânica arborizada naturalmente para monitorar desempenho da cultivar Catucaí 785/15, resistente à ferrugem. O sistema de produção de café orgânico foi publicado no Catálogo de Produtos e Serviços da Embrapa. Para acessar, clique em http://www.catalogosnt.cnptia.embrapa.br/catalogo20/catalogo_de_produtos_e_servicos/arvore/CONTAG01_423_13112006154910.html.

Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro-RJ): segurança, qualidade, aroma e sabor - Significativo número de projetos investigaram aspectos relacionados com fungos produtores de toxinas para a saúde humana, as micotoxinas. O resultado desse esforço de pesquisa foi o aumento do conhecimento sobre os fungos predominantes em café e suas toxinas, em particular a Ocratoxina A, e o desenvolvimento de métodos analíticos para determinar a presença de micotoxinas. Em anos anteriores, vários estudos foram realizados para determinar a segurança do café dos cerrados: Avaliação da segurança e perfis sensoriais do café no Cerrado Mineiro, goiano e baiano e em Rondônia; Detecção de fungos em cafés do Cerrado processados por via seca e via úmida; e Controle biológico de fungos produtores de micotoxinas. As pesquisas também se voltaram para a prevenção ou detecção de fraudes e adulterações em cafés, como projetos de detecção de fraudes em café torrado e moído por análise de imagem, e de desenvolvimento de metodologia de análise por espectrometria para determinação de adulteração; processamento e qualidade de café, liderado pela Universidade de Campinas - Unicamp e Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. O estudo identificou marcadores químicos que indicavam a espécie de café e o tipo de processamento pelos quais passaram as amostras, tanto para café verde quanto para torrado.

Após a obtenção de resultados de bancada promissores em projetos no âmbito do Consórcio de Pesquisa Café, com a recuperação de aromas de bebida de café e em resíduos do processamento de café solúvel, a Unidade está desenvolvendo protótipo para recuperar aromas em escala e realizar testes em linhas de produção industrial. O protótipo estará concluído para início de operação no primeiro semestre de 2014. Em anos anteriores, após testar 18 formulações, a Unidade criou bebida saborosa e nutritiva feita a partir de café solúvel, extrato de soja e açúcar. Basta tirar do saquinho e adicionar água quente ou fria.

Há ainda outros projetos de pesquisa, realizados em parceria com instituições de ensino e pesquisa, como o estabelecimento de perfis sensoriais de café de diversas regiões brasileiras e o estabelecimento do perfil de aroma de café em função das diferentes amostras de café e do grau de torra.

Embrapa Informática Agropecuária (Campinas-SP), tecnologia da informação a serviço do café – A Unidade tem projeto para análise do risco de epidemias da ferrugem do cafeeiro. O objetivo é analisar e informar com antecedência, por meio das estações de avisos fitossanitários da Fundação Procafé, a taxa de progresso provável da doença no campo, usando modelos empíricos de alerta. Os sistemas de alerta de doenças de plantas são instrumentos que servem de apoio para a tomada de decisão sobre as medidas a serem adotadas para controle e o momento mais adequado para implementá-las. Os modelos estão sendo validados com os dados da safra 2011/2012 e também do ano agrícola 2012/2013 e serão incorporados em um sistema web para uso pelos técnicos da Fundação. Os resultados podem contribuir para um controle racional da doença, auxiliando a identificar os momentos oportunos para a aplicação de fungicidas, no sentido de evitar o uso indiscriminado e desnecessário de agrotóxicos e reduzir os custos com esses produtos para os cafeicultores, além de diminuir o risco de contaminação humana e ambiental.

Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna-SP): arranjos territoriais para o café - Estudo multidisciplinar realizado por pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente, Embrapa Café, Instituto Federal do Sul de Minas e Epamig, com a colaboração da comunidade agrícola, caracterizou a área de cafeicultura dos municípios de Machado, Campestre e Poço Fundo (Sul de Minas Gerais) como território de identidade cultural, graças à similaridade de clima, relevo, solo, modo de produção e fatores socioeconômicos, ambientais e culturais. Foi feito levantamento histórico (por meio de fotos e prêmios obtidos em concursos) do ambiente cultural relacionado às características da produção para comprovação da “reputação” (alta qualidade e especificidade do produto) do café desse território. Característica marcante do café dessa região é o fato de ser produzido em ambiente de montanha. Os resultados embasaram o pedido de Indicação de Procedência - IP, uma das modalidades de Indicação Geográfica – IG, para o Instituto Nacional de Propriedade Industrial- INPI.

Consórcio Pesquisa Café – Criado em 1997, congrega instituições de pesquisa, ensino e extensão localizadas nas principais regiões produtoras do País. Seu modelo de gestão incentiva a interação das instituições e a otimização de recursos humanos, físicos, financeiros e materiais. Foi criado por dez instituições: Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola - EBDA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig, Instituto Agronômico - IAC, Instituto Agronômico do Paraná - Iapar, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro - Pesagro-Rio, Universidade Federal de Lavras - Ufla e Universidade Federal de Viçosa - UFV.

 

Embrapa Café - Gerência de Transferência de Tecnologia

Texto: Ana Lúcia Ferreira, Cristina Tordin, Dulcivânia Freitas, Fernanda Diniz, Flávia Bessa, Izabel Drulla, João Eugênio, Kadijah Suleiman, Liliane Barbosa, Nadir Rodrigues e Priscila Viudes.

Fone: (61) 3448-1927 Sites: www.sapc.embrapa.br e www.consorciopesquisacafe.com.br