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Palestras debatem cenários das regiões cafeeiras do Brasil

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simposiopalestracerradobrasileiro-pCafeicultura no cerrado e cafeicultura de montanha foram os assuntos abordados pelas palestras que aconteceram na manhã do terceiro dia (24/08) do VII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, em Araxá (MG). Mais uma vez, o auditório principal do evento ficou lotado para ouvir os palestrantes que trouxeram informações, novidades e perspectivas em relação aos temas.

“Para mudarmos nossa cafeicultura, temos que começar o trabalho dentro de casa”, disse o diretor executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, José Augusto Rizental, que começou a palestra “Estado da arte da cafeicultura no Cerrado Brasileiro” ressaltando a importância das regiões produtoras de café se organizarem para redirecionar suas estratégias de atuação. Foi isso que a Região do Cerrado Mineiro, que reúne hoje 4.500 produtores, fez quando a Federação observou grandes mudanças no mercado do café, principalmente em relação aos hábitos e perfil do consumidor. O lançamento da marca registrada “Café de Atitude”, pertencente à Região do Cerrado Mineiro, foi a conseqüência.“Para buscarmos esse novo mercado, criamos uma nova estratégia. O resultado foi que a região conquistou a primeira Indicação Geográfica do Brasil em cafés”, destacou Rizental.

O palestrante lembrou que o mercado e o consumidor se preocupam, cada vez mais, com a origem e a história por trás do café, com a qualidade, com um produto ético e a exclusividade, entre outros aspectos. A “atitude” a que ele se refere e que a Região do Cerrado Mineiro adotou passa por ações em toda cadeia produtiva, com base em três pilares: integrar, com uma postura inovadora focada no futuro dos produtores; desenvolver, novas formas de produzir e fazer negócios; e conectar as pessoas, promovendo a conexão direta da região e dos produtores, junto aos torrefadores e amantes do café, tudo isso visando influenciar a transformação e a evolução da cultura do café. Depois da experiência de organização e estruturação da Região do Cerrado Mineiro, Rizental acredita que “chegou a hora de todas as regiões cafeeiras do Brasil trabalharem juntas nesse sentido”.

Cafeicultura de Montanha – oportunidades e desafios - A segunda palestra desta quarta-feira (24/08), apresentada pelo engenheiro agrônomo e consultor, João Peres Romero, teve como abordagem principal os desafios e as alternativas para a cafeicultura de montanha, que representa 42% da área de cultivo no país. Apesar das limitações inerentes à produção em área declivosa, o quadro apresentado reforça que a cafeicultura de montanha também tem diversos aspectos a serem aproveitados e que deveriam ser mais divulgados, como uma menor demanda por água, energia e insumos, processos em harmonia com o meio ambiente, além de todo o aspecto social envolvido neste tipo de atividade, altamente demandante por mão de obra.

Para o especialista, entre as revoluções na cafeicultura de montanha está o uso crescente de máquinas derriçadoras portáteis e a produção do Cereja Descascado (CD), que agrega valor e contribui para o país ocupar cada vez mais espaço no segmento de cafés especiais. Entre os desafios, além do alto custo da colheita, está o êxodo rural entre os jovens, que estão desmotivados a se manter na atividade.    

De acordo com Romero, que apresentou os desafios e tendências dos principais países produtores, o Brasil tem diferentes realidades de cafeicultura de montanha, o que exige uma estratégia personalizada para cada região produtora, que deve buscar formas de agregar valor à produção e garantir um espaço diferenciado no mercado.

O VII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil acontece quinta-feira (25/08). Para acompanhar mais notícias sobre a programação do evento acesse o site do Consórcio Pesquisa Café (www.consorciopesquisacafe.com.br).

Texto: Cibele Aguiar e Cristiane Vasconcelos

Foto: Cristiane Vasconcelos

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